Mulheres: o que o mercado de seguros oferece para elas?

Coberturas específicas para são mais comuns nos ramos Vida, Saúde e Automóvel, mas especialistas apontam outros nichos potenciais

O mercado segurador evoluiu ao longo dos anos juntamente com as conquistas das mulheres. Se hoje a palavra de ordem é sororidade, o mercado busca enxergar as necessidades específicas femininas para atendê-las de maneira mais assertiva. Iniciativas de seguradoras não faltam neste sentido.
A Seguros Unimed, por exemplo, cobre no seguro de vida os diagnósticos confirmados de câncer de mama e em todo o aparelho ginecológico. Além disso, caso a segurada necessite afastar-se de suas atividades profissionais por conta de algum acidente, há cobertura de Diárias por Incapacidade Temporária (DIT) e Diárias de Internação Hospitalar (DIH), garantindo apoio financeiro e proteção familiar. “Os indicadores confirmam que as mulheres têm um papel importante no planejamento financeiro familiar e nos negócios. Por isso, o seguro de vida é uma solução completa e importante pensando na saúde, no bem-estar e na proteção de toda a família”, afirma Henrique João Dias, superintendente de Marketing e Produtos da empresa.
A preocupação em oferecer coberturas voltadas para a saúde da mulher se justifica. Segundo dados do Instituto do Câncer (INCA), em 2020 cerca de 316.280 mulheres foram diagnosticadas com câncer. Em 29,7% desses casos, o tumor estava localizado na mama. Para Solange Zaquem, diretora comercial da SulAmérica, é importante que as seguradoras estejam sempre conectadas às demandas dos clientes, e com as mulheres não seria diferente. “É essencial um olhar atento às suas especificidades em proteção sob um olhar amplo. Aqui na companhia oferecemos aos beneficiários do seguro saúde o programa Saúde Ativa, que é um conjunto de iniciativas de incentivo à saúde e ao bem-estar com o objetivo de estimular hábitos de vida mais saudáveis e, consequentemente, prevenir doenças”.
Para se ter uma ideia da importância das mulheres no setor, uma pesquisa realizada pela Bradesco Vida e Previdência revelou que a participação feminina nos planos de seguro de vida da companhia cresceu 9% entre os meses de janeiro do ano passado e de 2021, o que corresponde a um aumento de aproximadamente 800 mil seguradas. No total, as mulheres respondem por cerca de metade da carteira da seguradora no segmento, que soma 20,3 milhões de clientes.
A empresa também conta com o Seguro Auto Mulher, que tem como diferencial uma central de relacionamento exclusiva ao público feminino e um atendimento mais ágil, chamado de relâmpago, em oficinas credenciadas. As clientes ainda contam com assistência 24h e envio de táxi para o transporte em caso de pane ou acidente com o veículo. “Ao desenvolver um produto específico para o público feminino, é importante considerar a rotina da vida da mulher. Por sermos uma companhia multirramos, estamos sempre atentos às mudanças e preparados para desenvolver soluções capazes de assegurar a proteção adequada em cada uma dessas situações”, diz Bernardo Castello, diretor da empresa.
Para Alfeo Marchi, diretor de Mercado da MAG Seguros, as mulheres têm mais sensibilidade sobre a necessidade do cuidado, da proteção e do planejamento para o futuro, tanto próprio quanto o de sua família, e por isso estão cada vez mais presentes entre os consumidores de seguros. Na seguradora, por exemplo, foi registrado um crescimento de aproximadamente 10% na contratação de seguro de vida pelas mulheres em 2020 em relação ao mesmo período de 2019. “Precisamos sempre ter em mente os conceitos socioeconômicos e acompanhar o comportamento das pessoas, além de olhar para as necessidades de proteção e planejamento, seja no produto em si, como, também, em benefícios dos serviços assistenciais”, ressalta.
Apesar de as coberturas, assistências e os descontos especiais aparecerem nos seguros de Vida, Automóvel e Saúde, especialistas acreditam que ainda há margem para se explorar. Segundo Simone Vizani, presidente da AMMS (Associação das Mulheres do Mercado de Seguros), realizar pesquisas para desenvolver produtos de nicho feminino que agreguem diferenciais é um dos papéis do setor. “Discutir com outras entidades formatos e condições que as coberturas podem agregar é uma forma de inovar. As mulheres foram as mais afetadas pela pandemia, e os microsseguros, por exemplo, podem ajudar na difusão da cultura do seguro entre a população de baixa renda”.
De acordo com Fernanda Pasquarelli, diretora de Vida e Previdência da Porto Seguro, é fundamental que o mercado de seguros adote medidas para que cada vez mais as mulheres tenham acessibilidade a proteção. “Debates sobre esses temas são extremamente necessários, sejam por meio da imprensa, da consultoria de um corretor de seguros ou de iniciativas realizadas dentro de casa. Em outubro de 2020, por exemplo, a Porto realizou uma live sobre conscientização e prevenção ao câncer de mama e a importância do seguro de vida para quem recebe o diagnóstico da doença, pois o apoio financeiro à mulher e à sua família é muito importante”.
Fonte SindisegSP