“Você ainda mexe com seguro?”

Eis uma pergunta que consegue me irritar. Quem dos colegas profissionais do mercado de seguros, já não ouviu esta pergunta?

Sabe aquele amigo que há tempos você não via, e que ao te encontrar pergunta da família, da vida, e se você… ainda mexe com seguro? Como se fosse um “bico” que você já teria deixado de lado, como se fosse uma atividade da qual você já deveria ter se livrado.

Estamos vivendo um momento especial no mundo das profissões, um momento em que as palavras de ordem são: disruptura e inovação. Momento em que o profissional de seguros, securitário ou corretor, começa a visualizar mais avanços em sua profissão.

Sim, profissão. Para atuar neste mercado é necessário estar preparado, ter formação adequada e estar permanente atualizado. O profissional de seguros precisa mergulhar no universo dos riscos a que se propõe garantir, compreendendo-os, cuidando e mitigando.

Risco é o nosso negócio. O mercado financeiro é nossa seara. E a sustentabilidade encontra no mercado de seguros o esteio que desmistifica o seu conceito.

Sempre estivemos a frente de muitas discussões. Quando a expressão governança corporativa começou a ser propagada nas mídias, já tínhamos o complaince em nossa rotina garantindo a conformidade de nossas operações. Há tempos já entendemos que é imprescindível a transparência em nossas corporações, e que a ciência atuarial é a forma de garantir a longevidade e a saúde financeira de nossos negócios.

Não vejo perguntarem para o médico, o professor, o advogado e tantas outras ocupações profissionais, se eles ainda mexem com…

Minha resposta para a pergunta inicial:

Não, eu não mexo com seguro. Eu garanto diariamente que esta engrenagem maravilhosa de levar seguridade para as pessoas funcione, e que diante de perdas irreparáveis, a vida possa seguir.

Joceli Pereira
Mestra em Governança e Sustentabilidade
Corretora de Seguros
Vice-presidente do ISB Brasil

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